quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Definição interna

Durante todo esse tempo que empaquei em tentar me entender, acabei entendendo uma coisa: eu estava esperando o inesperável. Me entender não vai acontecer da noite para o dia, não é ouvindo um estilo musical num dia que eu vou me apaixonar por ele. Então percebi que, enquanto eu tentar me encaixar mentalmente em determinado “grupo” da sociedade (pessoas que gostam de dançar, de forfun, disso, daquilo e mais), não vou estar tentando me entender, e sim tentando me formular para estar em um grupo.
E sabe o mais legal de tudo o que eu percebi? Que não é preciso me definir, e que na verdade, é muito chato se definir. Porque estarei sempre em mudança interna e, me definir totalmente, vai ser sempre impossível. O mundo tem muitas incertezas, e escolher entre ouvir ‘história de verão’ e ‘geração coca cola’ é apenas mais uma delas.
Senti a necessidade de me mostrar que: não preciso me encaixar em nada, simplesmente ser eu mesma. Se uma única música de uma banda de sete álbuns me agradar, se uma única palestra de um alguém renomado tiver me ajudado em algo, qual o problema?
Você consegue entender o que estou dizendo? Não tem problema nenhum em não me entender totalmente, gostar de ler um livro de um estilo já está de bom tamanho, porque eu não preciso escolher um gênero favorito, posso simplesmente gostar de um livro de tal gênero.

Não preciso ter o objetivo de me encontrar, pois quando encontrar um objetivo para isso, talvez, ele me desfaça (intelectualmente e emocionalmente).

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