Durante todo esse tempo que empaquei em tentar me
entender, acabei entendendo uma coisa: eu estava esperando o inesperável. Me
entender não vai acontecer da noite para o dia, não é ouvindo um estilo musical
num dia que eu vou me apaixonar por ele. Então percebi que, enquanto eu tentar
me encaixar mentalmente em determinado “grupo” da sociedade (pessoas que gostam
de dançar, de forfun, disso, daquilo e mais), não vou estar tentando me
entender, e sim tentando me formular para estar em um grupo.
E sabe o mais legal de tudo o que eu percebi? Que
não é preciso me definir, e que na verdade, é muito chato se definir. Porque
estarei sempre em mudança interna e, me definir totalmente, vai ser sempre
impossível. O mundo tem muitas incertezas, e escolher entre ouvir ‘história de
verão’ e ‘geração coca cola’ é apenas mais uma delas.
Senti a necessidade de me mostrar que: não preciso
me encaixar em nada, simplesmente ser eu mesma. Se uma única música de uma
banda de sete álbuns me agradar, se uma única palestra de um alguém renomado
tiver me ajudado em algo, qual o problema?
Você consegue entender o que estou dizendo? Não tem
problema nenhum em não me entender totalmente, gostar de ler um livro de um
estilo já está de bom tamanho, porque eu não preciso escolher um gênero
favorito, posso simplesmente gostar de um livro de tal gênero.
Não preciso ter o objetivo de me encontrar, pois
quando encontrar um objetivo para isso, talvez, ele me desfaça
(intelectualmente e emocionalmente).
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